Conta um poeta veneziano que, em tempos idos, numa pequena cidade da Itália, os fiéis foram convidados, em certo dia de festa, a depor uma dádiva diante do altar. E quem desse alguma coisa, realmente aceita pelo Senhor, havia de saber, por milagroso aviso, que a sua oferta agradara.
Apressaram-se todos a trazer especiarias custosas, rendas de preço, jóias, pedras preciosas, peças de ouro e prata, vestimentas dispendiosas, estatuas, quadros magníficos. Eram oferendas cheias de vaidade, transbordantes de orgulho. A graça divina não coroou com o sinal revelador nenhuma daquelas oblações.
E todos deixavam o templo cabisbaixos, envergonhados como se tivessem ofendido a Divina Caridade.
Ao cair da tarde uma moça pobremente vestida apresentou-se com as mãos vazias. Entrou sem dar atenção aos olhares curiosos que convergiam sobre ela, aproximou-se do altar, ajoelhou-se e orou durante algum tempo. Viram-na colocar ambas as mãos sobre o altar e nessa atitude permanecer um instante. Depois levantou-se, saiu da catedral com o semblante calmo e alegremente iluminado. Então todos os fiéis olharam para o altar e eis, o milagre do Céu! - dois lírios brancos ali surgidos, deslumbrantes em sua alvura, embalsamam o ar com penetrante perfume. Eis o sinal revelador!
A pobre menina não tinha ricos presentes que desse, mas consagrou-se a si mesma, e foi essa a oferenda aceita pelo Senhor.
Os dons que promanam da ostentação e da vaidade nada valem aos olhos de Deus.
Lembrai-vos dos grandes conselhos que dão os Santos: É mister que aquele que tem muito dê muito; que o que tem pouco dê pouco; e que aquele que nada tem, possua ao menos o desejo de dar; pois a vontade daquele que dá ou deseja dar tem mais merecimento que a mesma dádiva. O pequeno óbolo da viúva, de que nos fala o Evangelho, foi mais agradável a Deus que as pomposas ofertas feitas pelos ricos faustosos.
Amai, também, a esmola espiritual. Um prudente conselho, uma virtuosa exortação, uma consolação salutar, uma visita a um enfermo, a proteção dada a uma viúva ou a um órfão, a uma pessoa abandonada ou perseguida, são esmolas tanto mais meritórias diante de Deus quanto ordinariamente são menos brilhantes aos olhos dos homens.
Apressaram-se todos a trazer especiarias custosas, rendas de preço, jóias, pedras preciosas, peças de ouro e prata, vestimentas dispendiosas, estatuas, quadros magníficos. Eram oferendas cheias de vaidade, transbordantes de orgulho. A graça divina não coroou com o sinal revelador nenhuma daquelas oblações.
E todos deixavam o templo cabisbaixos, envergonhados como se tivessem ofendido a Divina Caridade.
Ao cair da tarde uma moça pobremente vestida apresentou-se com as mãos vazias. Entrou sem dar atenção aos olhares curiosos que convergiam sobre ela, aproximou-se do altar, ajoelhou-se e orou durante algum tempo. Viram-na colocar ambas as mãos sobre o altar e nessa atitude permanecer um instante. Depois levantou-se, saiu da catedral com o semblante calmo e alegremente iluminado. Então todos os fiéis olharam para o altar e eis, o milagre do Céu! - dois lírios brancos ali surgidos, deslumbrantes em sua alvura, embalsamam o ar com penetrante perfume. Eis o sinal revelador!
A pobre menina não tinha ricos presentes que desse, mas consagrou-se a si mesma, e foi essa a oferenda aceita pelo Senhor.
Os dons que promanam da ostentação e da vaidade nada valem aos olhos de Deus.
Lembrai-vos dos grandes conselhos que dão os Santos: É mister que aquele que tem muito dê muito; que o que tem pouco dê pouco; e que aquele que nada tem, possua ao menos o desejo de dar; pois a vontade daquele que dá ou deseja dar tem mais merecimento que a mesma dádiva. O pequeno óbolo da viúva, de que nos fala o Evangelho, foi mais agradável a Deus que as pomposas ofertas feitas pelos ricos faustosos.
Amai, também, a esmola espiritual. Um prudente conselho, uma virtuosa exortação, uma consolação salutar, uma visita a um enfermo, a proteção dada a uma viúva ou a um órfão, a uma pessoa abandonada ou perseguida, são esmolas tanto mais meritórias diante de Deus quanto ordinariamente são menos brilhantes aos olhos dos homens.
(Malba Tahan - Lendas do Céu e da Terra)
A simplicidade e a bondade do coração são as ofertas que agradam a Deus Pai. Linda história. Lindo texto. Um bom dia para você amigo Jorge :)
ResponderExcluir'Toma as minhas MÃOS te peço,toma meus lábios te amo,toma minha VIDA ó PAI,teu sou!'...Deus te abençoe,amigo,e obrigada p/ ensinamentos...uma semana cheia de PAZ!
ResponderExcluirSaudações de Belo Horizonte - Brasil!!
ResponderExcluirLindo texto... Bonito mesmo.
... Me fez meditar se eu não venho sendo sovina com as "esmolas espirituais"...
Saúde e Paz!!
Jorge, este texto me fez lembrar uma história entitulada "Aquela que construíra a Igreja..." do livro Conselhos e Lembranças da minha querida Santinha Teresa de Lisieux. Não sei se conhece esse livro. Caso se interesse posso digitalizar a história e enviar para você.
ResponderExcluirAgradeço todos os comentários, que são um incentivo para que eu continue este humilde trabalho. Jordana, gostaria de conhecer essa passagem de Santa Teresa de Lisieux.
ResponderExcluirQue Nossa Senhora abençoe a todos.