Uma das coisas mais admiráveis é a diversidade de Ordens Religiosas da Santa Igreja Católica. Desde frades missionários que viajam pelo mundo em missões, até monges reclusos vivendo da oração e do silêncio, há uma riqueza de almas muito preciosa. Há Ordens para todas as vocações.
Já falei sobre São Bruno, o fundador da Grande Cartuxa. São Bruno presenciou um milagre num ofício de réquiem: um defunto pronunciou palavras dizendo que havia sido julgado e estava condenado ao inferno. Diante disso, São Bruno resolveu abandonar o mundo, para viver na oração e no silencio. Assim fundou a Grande Cartuxa, onde muitas pessoas o seguiram.
Os monges da Grande Cartuxa são conhecidos por "Cartuxos". E da mais extrema solidão e silencio, da mais austera regra religiosa, nasceu um doce licor: o chatreuse. A fórmula desse licor é guardado em segredo pelos monges. Na sua composição há mais de 130 espécies de ervas e flores cultivadas pelos próprios monges.
Há o chartreuse branco (mais raro de ser encontrado), preparado de forma especial. Edição muito limitada.
Há o chartreuse verde, licor forte, cuja cor é devido a presença de clorofila.
Há o charteuse amarelo, que tem as mesmas ervas que o verde mas em diferentes proporções, e é mais suave e doce.
Há o chartreuse VEP (Vieillissement Exceptionnellement Prolongé), fabricado com os mesmos processos que os outros e com a mesma fórmula secreta, envelhecido longamente em barris de madeiras especiais se obtendo uma excepcional qualidade.
Por fim o elixir vegetal da Grande-Chartreuse, de 71 graus. Muito forte. Mas faz muito bem à saúde. Num copo com água e açucar, se coloca umas gotinhas do elixir. Além de ser delicioso, faz muito bem. O sabor é indescritível. Vem num vidrinho pequeno que é guardado dentro de um recipiente de madeira, como na foto ao lado.
A receita do licor é muito complexa. Já tentaram reproduzí-lo, mas não se consegue. Só os originais contém as propriedades e o sabor inigualáveis.
Há um tempo atrás foram muito procurados, juntamente com o licor Benedictine, feito pelos monges de São Bento. O chartreuse branco tem produção extremamente limitada e não se encontra no Brasil.
Quantos carismas existem na Igreja!! Obrigada, Jorge, pelas ricas informações. Agora, aprendi mais um pouquinho sobre a Ordem dos Cartuxos. Então, dizemos, São Bruno rogai por nós!! Um grande abraço, bom dia, boa semana :)
ResponderExcluirE onde se vendem essas bebidas em Portugal?
ResponderExcluirMeu amigo Paulo. Agradeço sua visita e comentário. Não sei onde vendem essas bebidas em Portugal, mas acredito que não seja dificil de encontrá-las. Procure nas grandes casas de licores. Talvez pela internet voce consiga encontrá-las.
ResponderExcluirhttp://produto.mercadolivre.com.br/MLB-170998517-licor-frances-chartreuse-verde-ou-amarela-_JM
ResponderExcluireis aqui a possibilidade de comprar o licor Charteuse. Abraço
Pessoas ainda tem me enviado e-mail me perguntando sobre o licor e sobre o elixir. Meus amigos, recomendo o licor sem duvida. Mas o elixir é uma coisa tão maravilhosa que dos meus dois frascos que restaram não abro e nem gasto, guardo de recordação. Procurem o elixir. Num copo de água, adoce com açúcar ou adoçante, pingue apenas algumas gotinhas do elixir. É só misturar e tomar. Faz um bem enorme.
ResponderExcluirVejam os endereços abaixo:
http://www.thewhiskyexchange.com/B-343-Chartreuse.aspx
http://www.imigrantesbebidas.com.br/produto/7201/Licor+Chartreuse+Amarela+700+ml
http://www.dailymotion.com/video/xfgs4k_le-secret-de-la-chartreuse_creation
Salve Maria!
ResponderExcluirEu encontrei no Brasil- no Nordeste-, precisamente em Recife, Pernambuco, os dois licores.
Foi no Shopping Center Recife, numa pequena loja de importados.
Comprei o verde por R$ 176,00.
Mas, cometi uma imprudência, embora advertida por meu pai. Ei-la: peguei um copão e me pus a tomar o licor (me empolguei porque pensei que feito por monges era uma santa bebida). Bebi e bebi enquanto papai dizia: "isso não é suco! É licor forte!".
O resultado não demorou. Passei mal, vi o mundo girar (eu sei que gira) e fiquei tonta. Horrível! Vomitei o banheiro todo, e de penitência passei a madrugada limpando tudo.
No dia seguinte minha mãe comentou que nuca tinha visto o banheiro tão limpo e cheiroso.
Nunca mais tomo licor na minha vida santo ou não. Aliás só tomo água agora!
Não pude deixar de rir...rs.. É preciso cautela. O licor verde é um pouco forte mesmo. É bom tomar apenas um pouquinho (bem pouquinho mesmo) depois das refeições como digestivo. Ou se preferir, tome como o elixir, misturado com um pouco de água e açucar ou adoçante (aí então fica bem mais fraco)...rs.
ResponderExcluirAlgum dia eu ainda vou fazer uma postagem sobre o licor Beneditine, feito pelos monges beneditinos.