O Mosteiro de Rupertsberg foi um mosteiro beneditino fundado por Santa Hildegard von Bingen, em Bingen am Rhein, na Alemanha, em 1150, sobre as ruínas de um mosteiro anterior erguido no local da tumba de São Rupert, e que fora destruído no século IX. A igreja do mosteiro foi consagrada em 1152. Com a morte da sua fudadora o mosteiro começou a declinar, e foi destruído na Guerra dos Trinta Anos, no início do século XVII, mas permaneceram algumas ruínas que foram restauradas e reutilizadas até o século XIX. Em 1857 o que restava foi demolido para dar lugar à construção de uma ferrovia.
Era uma região excepcionalmente bela. Em frente a Rupertsberg havia uma ilha rochosa onde se erguia uma torre majestosa que ficou sendo conhecida como Mauseturm (a torre dos ratos). Lá é que ocorreu o impressionante milagre.
Hatto, Bispo de Mayence, tinha um defeito muito grave: era avarento. Em tempos de penúria, tinha acumulado reservas de cereais na torre de sua propriedade, mas se negava a alimentar os pobres que passavam necessidade. Como havia muita queixa, e, exasperado com os lamentos dos pobres que o atormentavam, mandou trancá-los num celeiro ao qual mandou atear fogo.
- "Estão ouvindo os silvos dos meus ratos?", perguntava, escutando os gritos dos pobres.
Mas nenhum mal praticado fica impune aos olhos de Deus...
Nessa mesma noite, bandos de ratos invadiram seu palácio; Hatto, assustado com tal invasão, corria pela torre tentando fugir. O som dos ratos nas portas de madeira eram ensurdecedores. Num ato de desespero, ele saiu de sua torre e correu em direção ao rio Reno. Percebendo que estava sendo seguido, ele se atirou no Reno tentando escapar, mas os ratos o perseguiram e o devoraram vivo.
Os poetas se inspiraram nesse fato tão impressionante para criar uma lenda. Dessa forma surgiu a lenda do Flautista de Hamelin: Um simples tocador de flauta que atraía ratos graças ao som das árias mágicas que tocava; após ter livrado, assim uma cidade de seus roedores, recusaram-se a pagar o preço combinado pelo serviço; então ele volta e, com o canto de sua flauta, atrai as crianças da cidade, que se afogam no rio.
Livro: Hildegard de Bingen - A conciência inspirada no século XII - Regine Pernoud - Editora Rocco.
Nenhum mal fica mesmo impune. Que interessante a história e a lenda também. Gosto muito de passar por aqui, amigo Jorge, pois o seu blog é cultura, é fé, é esperança e caridade. Obrigada!! Um bom dia, fique com Deus :)
ResponderExcluirQue interessante essa história! Eu não conhecia a história real que estava por trás dessa lenda! Muito interessante essa informação!
ResponderExcluirComo a Suziely, também me chamou a atenção estas palavras: "NENHUM MAL FICA IMPUNE!" A exemplificação dessa verdade foi terrível para aquele homem avarento!...
ALEX
Quando eu era criança, essa era uma das lendas de que eu mais gostava - talvez a que eu mais gostasse!!!
ResponderExcluirComo gosto muito de animais e de flauta, eu ficava maravilhado com esse conto!
Por falar nisso, eu me lembrei do meu tempo de escola primária. Minha mãe sempre lia esses contos para mim! Eu adorava (gostava muito!) Hoje, com todo este modernismo e desconstrutivismo na educação, não sei mais se as crianças ainda ouvem esses belos contos.
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