Um
lavrador percorria com seu filho os campos, para ver se o trigo já estava
maduro.
- Meu pai – perguntou o rapazinho – por que é que algumas espigas de trigo estão inclinadas para o chão, enquanto outras estão de cabeça erguida? Estas últimas devem ser as melhores; as que deixam pender a cabeça, por certo, não prestam.
O pai, colhendo umas espigas, disse:
- Repara, meu filho! Esta espiga, que tão modestamente se curvara, está perfeita e cheia de grãos; ao passo que esta outra, que se levantava com tanto orgulho no trigal, está chocha e imprestável!
Assim acontece muitas vezes no mundo: os soberbos são ocos, nulos, para nada prestam; os humildes são úteis e preciosos!
O orgulho é um mal, pois gera a ambição, a presunção e a valglória.
A ambição é o desejo imoderado das dignidades, dos altos cargos, das honrarias.
A vanglória é o amor desordenado aos louvores alheios. Leva esse nome porque sua base de glória não tem consistência.
Fonte: Lendas do Céu e da Terra
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