Mas porque Almas Castelos? Eu conheci algumas. São pessoas cujas almas se parecem com um castelo. São fortes e combativas, contendo no seu interior inúmeras salas, cada qual com sua particularidade e sua maravilha. Conversar, ouvir uma história... é como passear pelas salas de sua alma, de seu castelo. Cada sala uma história, cada conversa uma sala. São pessoas de fé flamejante que, por sua palavra, levam ao próximo: fé, esperança e caridade. São verdadeiras fortalezas como os muros de um Castelo contra a crise moral e as tendências desordenadas do mundo moderno. Quando encontramos essas pessoas, percebemos que conhecer sua alma, seu interior, é o mesmo que visitar um castelo com suas inúmeras salas. São pessoas que voam para a região mais alta do pensamento e se elevam como uma águia, admirando os horizontes e o sol... Vivem na grandeza das montanhas rochosas onde os ventos são para os heróis... Eu conheci algumas dessas águias do pensamento. Foram meus professores e mestres, meus avós e sobretudo meus Pais que enriqueceram minha juventude e me deram a devida formação Católica Apostolica Romana através das mais belas histórias.

A arte de contar histórias está sumindo, infelizmente.

O contador de histórias sempre ocupou um lugar muito importante em outras épocas.

As famílias não têm mais a união de outrora, as conversas entre amigos se tornaram banais. Contar histórias: Une as famílias, anima uma conversa, torna a aula agradável, reata as conversas entre pais e filhos, dá sabedoria aos adultos, torna um jantar interessante, aguça a inteligência, ilustra conferências... Pense nisso.

Há sempre uma história para qualquer ocasião.

“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc. 16:15)

Nosso Senhor Jesus Cristo ensinava por parábolas. Peço a Nossa Senhora que recompense ao cêntuplo, todas as pessoas que visitarem este Blog e de alguma forma me ajudarem a divulga-lo. Convido você a ser um seguidor. Autorizo a copiar todas as matérias publicadas neste blog, mas peço a gentileza de mencionarem a fonte de onde originalmente foi extraída. Além de contos, estórias, histórias e poesias, o blog poderá trazer notícias e outras matérias para debates.

Agradeço todos os Sêlos, Prêmios e Reconhecimentos que o Blog Almas Castelos recebeu. Todos eles dou para Nossa Senhora, sem a qual o Almas Castelos não existiria. Por uma questão de estética os mesmos foram colocados na barra lateral direita do Blog. Obrigado. Que a Santa Mãe de Deus abençoe a todos.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O Pinta-Roxo

A Revolução Francesa desencadeou uma terrível perseguição religiosa na França. Muitos padres foram mortos, igrejas foram destruídas... Houve os dias e noites de terror onde até os revolucionários eram mandados para a guilhotina. O medo andava livremente pelas ruas de Paris.

Passados os anos, numa aldeia francesa, morava uma família que tinha vários filhos e estes costumavam brincar na floresta da redondeza.

O pai trabalhava com suor, para poder sustentar sua família. A vida depois da Revolução Francesa tornou-se penosa para o povo que sofria as conseqüências de não ter mais um Pai como chefe da nação.

Uma infelicidade piorou a situação: a mãe contraiu uma doença que a fazia sofrer muitas dores e por causa disso, vivia em seu leito.

Enquanto o pai trabalhava, os filhos e filhas ajudavam com o serviço caseiro, amenizando dessa forma tão a tão triste situação.

Um dos filhos, começou a ir brincar na floresta cada vez mais longe, descobrindo caminhos e maravilhado com as árvores torcidas, as flores, as borboletas e toda a beleza que a natureza nos dá.

Numa dessas idas à floresta, acabou descobrindo uma coisa que lhe chamou a atenção... Uma igreja abandonada.

Semidestruída, coberta de musgo, com vitrais e portas quebradas, aquela igreja parecia ter caído no esquecimento dos homens. Curioso em descobrir o que tinha por ali, o menino entrou na igreja e começou a observar tudo quanto tinha em seu interior.

Ao passar pelo corredor central da igreja, notou que numa das laterais havia uma pequena capela com uma imagem muito bonita: ela uma Senhora, com um Menino no colo.
Logo viu se tratar de Nossa Senhora. Como era bonita essa Nossa Senhora, mas parecia tão triste...

Ajoelhou-se diante da imagem e pediu:

- Senhora, minha mãe está muito doente. A Senhora poderia cura-la?

Se admirou muito, quando diante de tal inocência e pureza de coração, a imagem lhe respondeu:

- Meu filho, se quiseres que sua mãe seja curada, é preciso rezar muito e fazer sacrifícios.

Ao que o menino respondeu:

- Minha Senhora, eu rezo todos os dias.

Respondeu-lhe Nossa Senhora com um sorriso:

- Orações e sacrifício. É preciso sacrifício também.

Disse-lhe o menino:

- Minha Senhora, somos uma família muito pobre, não temos nada, o que eu poderia oferecer como sacrifício?

- Você tem algo que pode dar ao Meu Filho – disse-lhe Nossa Senhora se referindo ao Menino Jesus em seu colo – aquele passarinho que você alimenta todos os dias.

O menino se entristeceu:

- O Pinta-Roxo? Minha Senhora, sou pobre, nada tenho, o passarinho é a única coisa que me deixa feliz. Se eu ficar sem ele, vou chorar muito.

Nossa Senhora respondeu:

- Meu Filho será a sua maior alegria.

Então o menino cabisbaixo e triste se despediu de Nossa Senhora e foi caminhando em direção à sua casa pensando no que havia escutado. Mil pensamentos o torturavam, pois gostava muito do Pinta-Roxo e não tinha mais nada sem ser o passarinho. No entanto, ao se aproximar de sua casa, pensou em sua mãe doente, pensou no sacrifício que deveria fazer, e tomou uma resolução. Ia dar o Pinta-Roxo para o Menino Jesus. Pegou a gaiola, e voltou para a floresta correndo.

Entrando na velha e abandonada igreja, se ajoelhou diante de Nossa Senhora e abriu a portinha da gaiola. O Pinta-Roxo saiu e foi pousar diretamente no dedo do Menino Jesus.

Nossa Senhora ficou contente e o Menino Jesus sorriu. Diante disso tudo, a felicidade de dar tudo sem restrições tomou conta do coração do menino. E assim ele voltou alegre e saltitante para sua casa. Chegando em casa, estranhou o movimento de pessoas por ali, encontrando inclusive seu pai chorando e abraçando sua mãe.

- Papai o que aconteceu ? Mamãe, a senhora está de pé ?

O pai abraçando com ternura seu filho respondeu:

- Meu filho, aconteceu um milagre, sua mãe está inteiramente curada.

Ao que o menino já todo feliz respondeu:

- Nossa Senhora falou para mim que a mamãe iria ficar boa.

Todos sorriram ante a inocência do menino.

- É verdade. – disse o menino – Ela pediu que eu desse ao Menino Jesus o Pinta-Roxo e eu dei, e assim Ela curou a mamãe.

Diante desse fato o pai correu ver a gaiola e ela estava vazia. Pediu para o menino contar o que havia acontecido e ele narrou o ocorrido com todos os detalhes inclusive sobre a felicidade que havia em seu coração. O padre que lá estava, e que ia dar a extrema unção para a mãe, pediu para o menino mostrar onde ficava tal igreja abandonada.

O menino então seguiu na frente e todos o acompanharam adentrando a floresta cheia de árvores grossas e robusta em vegetação. Lá chegando mostrou a imagem de Nossa Senhora a todos.

Foi então que o padre se lembrou daquela igreja, que havia sido “bombardeada” pelos soldados revolucionários e o padre dali, que havia montado uma resistência com os camponeses da região, havia sido morto.

O que o padre estranhou é que ele conhecia a imagem de Nossa Senhora e ela consistia simplesmente em Nossa Senhora segurando o Menino Jesus no colo. Mas agora havia algo de diferente: Um Pinta-Roxo, transformado em pedra no dedo do Menino Jesus. O milagre estava provado. Espalhou-se a notícia pela região e depois de algum tempo, tendo a igreja sido restaurada, foi feita uma bela cerimônia para agradecer a Deus pelo Grandioso Milagre.

(autor desconhecido)



(Foto da capa da Revista Catolicismo número 100 de abril de 1959 - O Menino Jesus com um pássaro na mão)

Oração do Pára-Quedista

(Esta oração foi encontrada por um General francês, no bolso de um Pára-quedista morto em ação. Passou a ser a oração oficial do Pára-quedista militar brasileiro, conforme Bol. Int. n° 7, de 17/01/1969, da Brigada Aeroterrestre.)

“Dai-me, Senhor meu Deus, o que Vos resta;
Aquilo que ninguém Vos pede.
Não Vos peço o repouso nem a tranqüilidade,
Nem da alma nem do corpo.
Não Vos peço a riqueza nem o êxito nem a saúde;

Tantos Vos pedem isso, meu Deus,
Que já não Vos deve sobrar para dar.
Dai-me, Senhor, o que Vos resta,
Dai-me aquilo que todos recusam.
Quero a insegurança e a inquietação,

Quero a luta e a tormenta.
Dai-me isso, meu Deus, definitivamente;
Dai-me a certeza de que essa

será a minha parte para sempre,
Porque nem sempre terei a coragem de Vo-la pedir.

Dai-me, Senhor, o que Vos resta,
Dai-me aquilo que os outros não querem;
Mas dai-me, também, a coragem
E a força e a fé."


(Fonte: Brigada de Infantaria Pára-Quedista Brasileira)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A Crise do Mundo Moderno

Inicialmente esse texto abaixo constava na apresentação deste blog. No entanto um amigo me recomendou que o colocasse entre as matérias postadas, pois desejava enviar pelo meu blog essa mensagem a alguns amigos universitários. Desta forma, transcrevo a antiga introdução:

O mundo moderno se encontra numa profunda crise. Essa crise tem sua raiz nos problemas de alma mais profundos e se estende para todos os campos de ação do homem. As tendências desordenadas e as paixões desenfreadas têm uma força destrutiva imensa. Por esse motivo este é um desafio às pessoas que querem reagir contra os males do mundo moderno. Salvemos nossas famílias. Salvemos nossos filhos. Não deixemos nos iludir e nem contaminar pelos males do mundo de hoje. Paul Claudel (escritor francês) dizia: "A juventude não foi feita para o prazer, mas para o heroísmo." Não sejamos "maria-vai-com-as-outras" acompanhando a "onda". Sejamos nós mesmos, tenhamos personalidade, preservemos os valores que nossos pais e avós nos ensinaram. O texto abaixo denominado "Almas-Estrêlas" define bem a situação em que muitos dos bons se encontram. Recomendo a leitura.
Não tenhamos medo... depois desta noite de trevas virá a aurora e então se cumprirão as profecias de Nossa Senhora de Fátima: "Por fim, meu Imaculado Coração triunfará."

Churchil – Fleming

Uma família inglesa viajava para a Escócia nas férias de verão. A mãe e o pai ansiavam para se divertir com o filho pequeno nas belas paisagens escocesas. Um dia, o menino saiu andando pelos bosques, sozinho, e chegou a um açude.
Como qualquer garoto da sua idade, tirou a roupa e mergulhou. Mas estava totalmente despreparado para o que aconteceu a seguir. Antes que pudesse usufruir das delícias da água, foi tomado por uma violenta câimbra. Lutando para manter-se na superfície, gritou por socorro. A luta pela vida estava quase perdida quando, por sorte, um menino ouviu os gritos desesperados e correu para salvar o inglês. O pai do quase afogado ficou muito grato, é claro, e quis conhecer o salvador do filho. No dia seguinte, se encontraram e o inglês perguntou ao corajoso rapazinho quais eram seus planos para o futuro. O garoto respondeu:

– Acho que vou ser fazendeiro, como meu pai.

O pai agradecido fez outra pergunta:

– E você gostaria de ser alguma outra coisa?

– Ah, sim! - respondeu o menino. - Sempre quis ser médico, mas somos pobres e minha família não pode pagar meus estudos.

– Muito bem - disse o inglês. - Você pode seguir seu desejo e estudar medicina. Tome as providências e eu arco com as despesas.

Assim, o garoto escocês veio a ser médico.
Anos depois, em dezembro de 1943, Winston Churchill ficou gravemente doente, com pneumonia, no norte da África. Avisaram Sir Alexander Fleming, que havia descoberto uma droga miraculosa, chamada penicilina.
Dr. Fleming imediatamente embarcou num avião para a África, levando o remédio para o primeiro-ministro. E salvou pela segunda vez a sua vida, pois era Winston Churchill o menino inglês que Alexander Fleming tinha socorrido no açude, muitos anos antes.

(do livro “Insight”, de Daniel de Carvalho Luz)

“Aquele que recebe um benefício não deve jamais esquecê-lo; aquele que o concede não deve jamais lembrá-lo.”
(Pierre Charron)

terça-feira, 27 de abril de 2010

Consagração deste Blog ao Sagrado Coração de Jesus

No lado direito da página do blog, logo abaixo do item "quem sou eu" tem o texto da consagração deste blog ao Sagrado Coração de Jesus. A oração foi recitada diante do Santíssimo Sacramento na Igreja Nossa Senhora do Carmo, no centro da cidade de São Paulo. Foi pedido para ser rezada dez missas pelas pessoas que já visitaram o blog e por suas famílias. Foi colocado um pedido de orações na Associação do Sagrado Coração de Jesus e as freiras concepcionistas estão rezando por todas as pessoas que visitam o blog "Almas Castelos" e por suas familias também.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O Homem

Um cientista vivia preocupado com problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de minorá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas.
Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista, nervoso pela interrupção, tentou fazer com que o filho fosse brincar em outro lugar.
Vendo que seria impossível demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção. De repente deparou-se com o mapa do mundo, o que procurava ! Com auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva o entregou ao filho dizendo:
- Você gosta de quebra-cabeças ? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho ! Faça tudo sozinho.
Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. Algumas horas depois ouviu a voz do filho que o chamava calmamente:
- Pai, pai, já fiz tudo. Consegui consertar tudinho !
No princípio o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível ? Como o menino havia sido capaz ?
- Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu ? - indagou o pai.
- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo...

(autor desconhecido)

* * * * *
Que exemplo essa estória nos dá. Uma criança inocente demonstra aos adultos que nenhuma solução será suficiente para “consertar” nosso mundo já tão cheio de crises em todos os aspectos. Mas a solução está no próprio homem. “Conserte” o homem e o mundo será consertado.

O Planetário

Para quem vem à São Paulo, e gosta das coisas da natureza, não pode deixar de visitar o Planetário, no Parque do Ibirapuera. O Planetário é uma máquina muito interessante que reproduz com exatidão o céu e a posição das estrêlas de qualquer estação do ano vista de qualquer parte do mundo e também de qualquer era histórica. O planetário consegue reproduzir com exatidão o movimento das estrelas e do céu e todos que vão visitá-lo ficam impressionados com essa maravilha. É um espetáculo maravilhoso para crianças e adultos. Vale a pena conferir.
E por falar em planetário, aí vai mais uma história para vocês meus amigos e amigas. Desejo que Nossa Senhora ajude muito a todos vocês e às suas famílias.

O PLANETÁRIO

Braile, astrônomo famoso, tinha um amigo, que, destituído de crenças religiosas não acreditava fosse o universo obra exclusiva de um Ser Supremo.
Desejando confundir e vencer o ateísmo absurdo do amigo, o astrônomo construiu um magnífico planetário, isto é, uma peça mecânica que reproduzia o Sol e os principais planetas com seus movimentos e suas órbitas, e convidou o jovem ateu a observar o interessante engenho.
Graças a um dispositivo muito original, fazendo-se mover o planetário, os astros iniciavam suas rotações em torno do Sol ao mesmo tempo que os pequeninos satélites, com precisão matemática, se moviam em torno dos respectivos planetas.
- É realmente muito interessante - declarou o ateu. - Quem foi o autor deste engenhoso aparelho ?
- Não houve autor algum - respondeu tranqüilo o astrônomo.
- Como assim ?
- Muito simples. Este planetário apareceu aqui por uma simples e natural casualidade!
- Que disparate! Uma peça tão perfeita não pode ser obra da casualidade! Isso é impossível!
- Como impossível? - replicou o astrônomo. - Se na tua opinião um simples planetário não pode ser obra da casualidade, como ousas aceitar que o Universo, com suas infinitas e insondáveis maravilhas, tenha surgido por acaso ?
Esquecia-se o mísero ateu, em sua lamentável ignorância, de que tudo, no Universo e em nós mesmos, está continuamente demonstrado a existência de Deus.
A admirável variedade, perfeição e harmonia do mundo é um testemunho irrecusável de que um Poder superior à natureza, ao universo, a nós todos, criou todas as coisas e as mantém e conserva segundo as leis que Ele mesmo prescreveu.
O mundo não se poderia criar a si próprio.
Obra de Deus não são apenas as estrelas, os sóis e os infinitos astros que povoam o firmamento.
O homem, os animais que vivem na sua sujeição e obediência, os que habitam, selvagens e indômitos, as florestas e os campos, o ar e o oceano; as plantas dos rochedos e aquelas que, como o cedro e o carvalho, agitam a sua copa magnífica nos ares e resistem por séculos aos furores da tempestade; todos estes seres foram criados por um Ente superior e onipotente, que os tirou a todos do nada, que lhes deu as formas infinitamente várias, que lhes concedeu atributos e qualidades diversíssimas, e que lhes pôs leis a regular-lhes a existência.
Há, pois, um Criador que fez o homem e o Universo. Este supremo Criador é Deus!
(D.) (“Lendas do Céu e da Terra” - M.T.)

domingo, 25 de abril de 2010

A UNIÃO FAZ A FORÇA

Um velho pai sentiu que tinha poucos dias de vida. Pediu que seus sete filhos ainda se reunissem em torno dele uma última vez. Amarrou sete bastões num feixe e mandou que o caçula quebrasse o feixe. O menor tentou quebrar em cima do joelho; mas não conseguiu.
Um após outro experimentou; mas nem o mais velho, o mais forte, pôde quebrar os bastões.
- Pai, não dá para quebrar as sete varas.
O velho desamarrou o feixe. E foi dando bastão por bastão ao mais novo. Ele os quebrava, um por um, com a maior facilidade.
- Assim é fácil - comentaram os filhos. - Assim, até o caçula consegue.
- Pois, aprendam a lição. Quando eu não viver mais, vocês irmãos, mantenham-se unidos e se ajudem uns aos outros! Todos juntos, vocês serão muito mais fortes.

Bebês Para Queimar

ATENÇÃO PARA O LIVRO: “Bebês Para Queimar”

No livro “Bebês Para Queimar”, Michael Litchfield e Susan Kentish narram o seguinte fato:
“Um ginecologista da Harley Street, em Londres, vende fetos para uma fábrica de produtos químicos para a produção de sabão e cosméticos. Faz abortos de sete meses e, certa vez, não teve tempo de matar quatro bebês extraídos quando já formados e que, um ao lado do outro, choravam como desesperados. “Era uma pena jogá-los no incinerador, porque eles tinham muita gordura animal que poderia ser comercializada...” (ed. Paulinas, São Paulo, 1977, p. 153).

O que as geracões futuras pensarão de nossa “modernidade”, onde a vida de um inocente é tratada com tanta crueldade ?

A Língua

Um senhor mandou seu criado ao açougue e disse-lhe com ar superior:
- Quero que me tragas o melhor bocado que encontrares.
Para atender à recomendação de seu senhor o servo trouxe-lhe uma língua.
Dias depois o senhor chamou novamente o mesmo criado e deu-lhe a seguinte ordem:
- Traze-me do açougue o bocado mais ordinário que encontrares.
O criado, como fizera da primeira vez, trouxe uma língua.
- Que quer dizer isso ? - protestou afoitamente o senhor - Para qualquer recomendação, traze-me sempre uma língua ?
O criado que era, aliás, um filósofo dotado de alto saber, explicou com gravidade mordaz:
- A língua é quanto há no mundo de melhor e, também, de pior. Se bondosa, nada há de melhor; se, maldizente, nada haverá de pior.

(Lendas do bom rabi - Malba Tahan)

Os Dois Amigos e o Urso

Um urso acometeu dois passageiros:
Um deles, que os pés tinha mais ligeiros,
Pôs-se em cima de uma árvore, escondido.
Vendo, o outro, que tinha mau partido,
Estendendo-se em terra nem bulia
Nem respirava: morto se fazia;
Cheirando-o por orelhas e por cara,
O deixa intacto a fera, e se separa.
Dizem que, se encontrou uma pessoa
Que julga estar já morta, lhe perdoa.

O da árvore, já livre do perigo,
Vindo com ar de riso ao seu amigo,
Lhe disse:

- Que segredo era o que o horrendo
urso te estava agora aqui dizendo ?

- Disse-me - responde ele - que, em jornadas,
não leves semelhantes camaradas.

(FÁBULAS DE LA FONTAINE)

AMIGOS, UMA SIMPLES ESTÓRIA DE CRIANÇA, MAS QUE LIÇÃO PARA NÓS ADULTOS...

sábado, 24 de abril de 2010

Mar Português

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Parábola das Mães Felizes

(De um poema árabe do século XII)

A jovem mãe ia, enfim, iniciar a grande jornada pela estrada incerta da vida. E perguntou, muito tímida ao Anjo Bom:
- É longo o caminho a percorrer, senhor ? Serei feliz com meus filhos que tanto amo e estremeço ?
Respondeu-lhe, sereno e terno, o Anjo Bom:
- O caminho, que se abre diante de ti, é longo, muito longo, semeado de angústias, recortado de dores e tapeado de fadigas. Antes de alcançares a curva extrema, virá a impiedosa velhice ao teu encontro. Ainda assim, asseguro-te que os teus derradeiros passos serão mais cheios de alegria e encantamento do que os primeiros.
E a jovem mãe partiu. Sentia-se extremamente ditosa em companhia de seus filhinhos. A existência lhe decorria sob o véu de um delicioso encantamento. Brincava com os pequeninos; colhia para eles, unicamente para eles, as mais lindas flores que adornavam os caminhos do mundo. E o sol brilhava inundando a terra com a benção de suas torrentes de luz. E o dia se escoava tão sereno, que a jovem mãe murmurou, fitando enternecida, o céu azul.
- Nada haverá, Senhor, de mais belo ! Jamais serei, na companhia de meus filhos, mais feliz do que sou agora !
A noite veio, porém, alongando sobre a terra o seu manto pesado e sombrio. Nuvens disformes amontoaram-se no firmamento: desabou o temporal. O vento norte uivava, como um chacal faminto pelos areais sem fim. Os pequeninos, tolhidos de frio, trêmulos de medo, soluçavam. A jovem mãe destemida aconchegou-os a si, agasalhando-os sob sua túnica e as crianças, bem abrigadas e protegidas murmuravam docemente:
- Ó mãezinha querida! O medo já não mais se abriga em nossos corações! A teu lado, mãezinha adorada, nenhum mal nos alcançará!
E a jovem mãe exclamou num ímpeto de alegria:
- Isto para mim, ó Deus!, é mais belo e grandioso do que a jornada pelo caminho tranqüilo, sob o esplendor do dia! Sinto-me, realmente, feliz ! Mais feliz do que ontem! Contra a tormenta protegi meus filhos e lancei, para sempre, em seus corações, a semente do destemor e da coragem!
Passou a noite. Louvado seja Deus ! A noite passou. Raiou, esplendida e balsâmica, a alvorada. A estrada naquele terceiro dia, se estendia ladeirenta pelo dorso de uma montanha alcantilada e perigosa. Era forçoso subir. Subir muito. Os pequeninos sentiam-se fatigados. A jovem mãe, quase desfalecida de sede e de cansaço. Fazendo, porém, das fibras, coração, mostrava-se animosa e, sem cessar, dizia aos filhos:
- Vamos ! Para cima ! Breve chegaremos ao alto ! Vamos ! Subamos sempre! Subamos!
E essas palavras multiplicavam energias que o esforço constante e excessivo queria aniquilar. E as crianças iam subindo, subindo... Chegaram, finalmente, ao cimo da montanha. A jovem mãe os enlaçou, então, em seus braços carinhosos. E eles lhe disseram:
- Ó mãezinha querida, sem ti não teríamos conseguido vencer estas escarpas, contornar estes abismos e levar a bom-termo esta jornada. Sem o teu auxilio incomparável sucumbiríamos em meio da escalada. Sabemos, agora, como superar os grandes tremedais da sorte!
E a delicada mãe, ao repousar naquele dia, semimorta, exclamou arrebatada:
- Ó Deus clemente e justo! O dia de hoje, foi para mim melhor ainda do que o de ontem! Sinto-me mais feliz! Mais feliz do que nunca! Ensinei meus filhos a enfrentar, bravamente, os revezes e as tristezas da vida!
No quarto dia, estranhas nuvens cor-de-chumbo cruzaram o céu. Um rugido surdo, que parecia partir das profundezas ignoradas da terra, enchia o ar, soturnamente. Se súbito, a imensa montanha tremeu: rochas descomunais desprenderam-se e rolaram com estrondo para os abismos apavorantes.
Era o cataclismo que começava. Tão altas e densas erguiam-se as colunas de pó, que chegavam a cobrir a face do sol. E as trevas da noite desceram sobre a terra em pleno dia. A morte, com suas garras de fogo, rondava por toda a parte. Nem tenda havia, nem caverna ou abrigo, onde um ser humano pudesse ter segura a curta vida. As crianças , presas de cruciante pavor, choravam. E a jovem mãe, serena e forte, lhes dizia:
- Em Deus confiai, meus filhos! Olhai para cima! Deus não nos abandonará!
E os pequenos confiaram em Deus. E Deus os livrou da fúria infrene. Ao findar aquele dia, a mãe exclamou em êxtase, erguendo humilde para os céus os seus olhos cheios de gratidão:
-Este foi o dia melhor da minha vida, Senhor! Ensinei meus filhos a crer em Vós, a confiar em Vós, ó Deus Misericordioso!
Amontoaram-se os dias; sucederam-se os meses; os anos passaram... E a mãe, toda entregue à felicidade e ao bem-estar dos filhos, não sentiu o rolar intérmino do Tempo. Os seus formosos cabelos fizeram-se brancos como a neve; o brilho desapareceu-lhe dos olhos; a face tracejou-se-lhe de rugas. Era, enfim, a velhice que chegava. Mas que encanto para a sua vida de mãe! Os filhos crescidos, fortes, cheios de alegria, pareciam redobrar neles a boa seiva que dela partira. Ela, a mãe feliz, curvada ao peso da vida, já mal podia caminhar. Os filhos, porém, ali estavam, ao seu lado, para servi-la, honrá-la e obedecer-lhe!
O mais velho dizia-lhe, carinhoso e com desbordante afeto:
- Mãezinha! Quero hoje carregar-te em meus braços! Estás tão fraca e cansada!
Protestava o mais moço com entusiasmo:
- Que egoísmo é esse, meu caro! Hoje é meu dia! Eu, sim, é que irei carregar a mãezinha querida!
E a mãe feliz sorria a um, abraçava a outro; beijava a ambos.
Que bons e delicados lhe eram os filhos. Sim, para o coração materno, fizera pausa o Tempo. Eles eram, ainda, os seus filhinhos, os filhinhos ternos, estremecidos... E ela sentia-se tão feliz, tão feliz, que não achava palavras com que agradecer a Deus!
Um dia, afinal, a mãe ditosa reuniu os filhos e disse-lhes, num fiozinho de voz:
- A minha tarefa está finda, meus filhos. Vou deixar-vos. Irei para longe, para muito longe daqui...
O mais velho dizia-lhe, carinhoso:
- Pois iremos contigo, mãezinha! Ninguém nos poderá separar de ti!
Ela não sustendo as lágrimas e deixando-as deslizar, insistiu com meiguice:
- Não, querido. Dessa vez terei de ir só. Sozinha partirei.
E eles, afeitos a obediência, mais uma vez obedeceram. E a boa velhinha partiu. Foi indo, vagarosamente, toda acurvada, tremula...
Diante dela, no extremo do caminho abriram-se dois largos portões que refulgiam cheios de luz. Entrou. Uma voz, que mais parecia um cântico de glória, lhe dizia com infinita mansuetude:
- Vinde a Mim, ó mãe feliz! Vinde a Mim!
Os filhos, que a vigiavam de longe, viram-na, de repente, desaparecer:
- Ela partiu para sempre! Não a veremos nunca mais! Nunca mais!, - exclamaram emocionados. - Mas a santa lembrança dessa mãe querida viverá para sempre em nossos corações! Eduquemos nossos filhos, como ela nos educou: na bondade, na obediência, no amor...
E no silencio da tarde que caía, lentamente, ouvia-se o sussurro de um chorar longínquo. Calaram-se todos.
Que seria ? Era o filho mais moço. O rosto entre as mãos inconsolável, soluçava de joelhos, à margem da vida, com a dor da saudade a negrejar-lhe o coração:
- Minha mãe ! Minha mãe querida!

(do livro “Minha Vida Querida” - Malba Tahan)

Índio Cherokee

Conheces a lenda do rito de passagem da juventude dos índios Cherokees?

O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho.
O filho se senta sozinho no topo de uma montanha toda à noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte.
Ele não pode gritar por socorro para ninguém.
Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem.
Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido.
O menino está naturalmente amedrontado.
Ele pode ouvir toda espécie de barulho.
Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele.
Talvez alguns humanos possam feri-lo.
Os insetos e cobras podem vir picá-lo.
Ele pode estar com frio, fome e sede.
O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente, nunca removendo a venda.
Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem.
Finalmente.. .
Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida.
Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele.
Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo..

Nós também nunca estamos sozinhos!
Mesmo quando não percebemos Deus está olhando para nós, “ao nosso lado”.
Quando os problemas vêm, tudo que temos a fazer é confiar. ELE sempre nos protegerá.

(autoria desconhecida – recebido da internet)

Monte Canino

Algumas pessoas tem me perguntado por que "Monte Canino"
Respondo:
O Norte da Itália tem muitas montanhas, e nessas montanhas os soldados alpinos lutaram nas grandes guerras, nas quais minha família esteve presente.
Cada Montanha tem um nome. Uma delas é o Monte Canino.
Então escolhi o pseudônimo de “Monte Canino” em homenagem aos meus ancestrais.
Aliás a música alpina é muito bonita.
Escutem a música e acompanhem com a letra abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=uutKVzWiaoE

MONTE CANINO

Non ti ricordi quel mese d’Aprile,
quel lungo treno che andava al confine.
Che trasportavano migliaia degli alpini:
sù, sù correte: è l’ora di partir!

Dopo tre giorni di strada ferrata,
ed altri due di lungo cammino,
siamo arrivati sul Monte Canino
e a ciel sereno ci tocca riposar...

Se avete fame guardate lontano,
se avete sete la tazza alla mano.
Se avete sete la tazza alla mano
che ci rinfresca la neve ci sarà.
Se avete sete la tazza alla mano
che ci rinfresca la neve ci sarà

Conto Popular Brasileiro

Contam que um homem muito rico vendo que a morte se aproximava, mandou chamar um padre e se confessou. Tão logo acabara o sacramento da penitencia, faleceu. Assim foi ao céu acompanhado de seu Anjo da Guarda. Lá chegando, o Anjo o estava levando para a sua eterna morada.
Andaram por bastante tempo e nunca chegava ao lugar determinado ao finado. Como demorava a chegar, perguntou ao Anjo da Guarda:
- "De quem são esses castelos grandiosos, um mais bonito que o outro ?"
Ao que o Anjo lhe respondeu:
- "Essas são as moradas das pessoas que vem para o céu."
O finado contente ficava imaginando qual desses castelos maravilhosos seria o dele. Perguntou ao Anjo da Guarda:
- "Realmente são muitos bonitos esses castelos. De quem é aquele todo feito de pedras preciosas ?"
O Anjo lhe respondeu:
- "Aquele é do Sr. José, seu vizinho."
Tornou a indagar:
- "E aquele outro maior ainda e mais bonito ?"
Ao que o Anjo lhe respondeu:
- "Aquele é do Sr. Antônio, seu outro vizinho."
O finado pensava: "Se essas pessoas que eram pobres tem um castelo desses, como será o meu então ?" E olhava para os maiores e mais bonitos castelos tentando descobrir qual seria o seu.
De repente o Anjo pára em frente à uma casinha muito humilde e simples e diz:
- "Chegamos. Aqui será a sua morada."
Espantado o finado indagou:
- "Não é possível. Deve ter havido algum engano. Pois na terra eu fui uma pessoa muito rica."
Ao que o Anjo respondeu:
- “Não houve nenhum engano. Esta é a sua casa. Aqui no céu se constroe com o material que cada um nos manda da terra, isto é, com as orações e os sacrifícios”.

(autoria desconhecida – recebido pela internet, se alguém souber o autor, favor me informar)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O Último Ramalhete

[ Mariófilo ]

Teresa era menina pobrezinha, mas muito piedosa e filha muito dedicada. Para auxiliar a boa mãe, colhia no mês de maio violetas nas matas, vendendo-as aos forasteiros. Embora precisasse muito do dinheiro, reservava sempre, entretanto, um ramalhete para o altar de Nossa Senhora. Certo dia, depois de ter vendido quase tudo, veio por fim uma senhora muito rica e nobre com uma mocinha, sua filha, muito pálida e doentinha. Pediu os últimos ramalhetes. Teresa deu apenas um, guardando o outro. A doente insistiu para obter também o último. “Não posso dá-lo - disse Teresa - pois já tem dono, é de Nossa Senhora, para quem reservo sempre o último ramalhete”.
As senhoras gostaram da pequena e de sua devoção a Nossa Senhora. Indagaram da vida e das condições de Teresa. Por fim conhecendo sua extrema pobreza, levaram-na consigo, junto com a velha mãe, para ser a companheira da doente. Assim Nossa Senhora recompensou ricamente o último ramalhete de violetas que Teresa tão piedosamente diariamente lhe oferecia.
Oferecer flores a Maria é uma praxe mui poética e muito fácil; está ao alcance de todos. Flores encontramo-las em toda a parte; basta colhê-las. Embora flor simples, apanhada talvez num passeio no mato ou a beira de um riacho, colocada ao pé da imagem no teu quarto, Nossa Senhora aceita-a; ela vê a tua boa intenção.
Tu não podes ficar sempre diante da sua imagem; a flor te representa; a sua bela cor, o seu doce perfume fala a Maria da tua dedicação e do teu amor. Essas florzinhas são outras tantas vozes que dizem em teu nome: Ave Maria ! Ó Maria, eu vos amo; protegei-me, defendei-me !
Se, voltando de um passeio, apanhas uma bonita flor e a levas a tua mãe, não se mostra ela contente pela tua atenção ?
Então, nossa boa Mãe do céu não se mostrará contente quando lhe ofereces uma flor ? Dá-lhe este prazer; ela o recompensará generosamente.
Vivia em Paris uma senhora piedosa e muito devota de Maria SSma. Era o seu prazer enfeitar a imagem de Nossa Senhora com lindas flores naturais. Seu marido, homem sem crença, trazia, entretanto, nos sábados, flores para que sua esposa tivesse o prazer de colocá-las diante da imagem da Virgem. Aconteceu, porém, que o homem morreu repentinamente sem ter tempo de receber os santos Sacramentos. Grande foi a dôr da viúva que, conhecendo bem as prescrições da santa religião, temia pela salvação do marido. Na sua aflição procurou o santo cura d’Ars, João Vianney. Este, recebendo-a, antes de ouvir uma palavra dela disse: “Minha filha, console-se; a alma do seu marido está salva; Nossa Senhora, recompensando-lhe as flores que oferecia nos sábados, alcançou-lhe a graça de contrição perfeita de maneira que recebeu na última hora o perdão dos seus pecados”.
Oh ! como Maria é boa ! Recompensa divinamente umas poucas flores !

(Texto extraído da revista “O CALVÁRIO”, dos padres passionistas, número 03, de março de 1961 - Ano XL)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

CARTÃO DE VISITAS

Um senhor de 70 anos viajava de trem tendo ao seu lado um jovem universitário que lia o seu livro de ciências.
O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos. Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:
- O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
- Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?
- Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.
- É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?
- Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência.
O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário.
Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo sentindo-se pior que uma ameba.
No cartão estava escrito:
Professor Doutor Louis Pasteur, Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França.
"Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima". Louis Pasteur.

(Cartão de visitas - Fato verdadeiro, integrante da biografia, ocorrido em 1892)

PROBLEMAS LOGICOS (FILOSOFIA)

Um sofisma. Protágoras havia combinado com Euatlo ensinar-lhe oratória, mediante certa quantia, que seria paga da seguinte maneira: metade ao terminar a última lição e a metade restante quando o discípulo tivesse ganho a primeira causa nos tribunais. Como trabalho para advogado iniciante não é coisa fácil, o reajuste da dívida ia-se prolongando. Protágoras começou a recear não mais receber a quantia que lhe era devida. Resolveu, por isso, levar o discípulo às barras do Tribunal. Sua argumentação se pode resumir no seguinte:

- De qualquer maneira terá que pagar, pois se perder a causa, a decisão do Tribunal, é claro, obrigá-lo-á a me pagar. Se, porém, ele ganhar a causa, terá que me pagar do mesmo modo por força do acordo que tem comigo. Em qualquer dos casos, portanto, Euatlo terá que me saldar a dívida.

O velho sofista grego não contava com o aproveitamento didático do ex-discípulo que, diante do dilema do mestre, assim se defendeu:

- Se ganhar este processo, nada terei que pagar, porque é essa a decisão do juiz. Se perder, nada terei também que pagar, porque assim ficou estipulado no meu contrato com Protágoras. Em qualquer caso, nada ficarei devendo.

(Extraido do livro: "Introdução ao estudo de filosofia - Antonio Xavier Teles - pag. 159)

Poesia de Camões

"Tu, que descanso
buscas com cuidado
neste mar do Mundo
tempestuoso,
Não esperes de achar
Nenhum repouso
Senão em Cristo
Jesus Crucificado"

(Luiz de Camões)

Aspirações de Santa Teresa

"Nada te pertube,
Nada te espante,
Tudo passa,
Só Deus não muda.
A paciência tudo alcança,
Quem tem a Deus, nada lhe falta.
Só Deus basta. "

(Santa Teresa de Jesus).

Almas Castelos

Bom dia a todos. Hoje, 19 de abril de 2010, inaugurei este blog.
Almas Castelos, é dedicado aquelas pessoas que gostam de apreciar o belo, o bom e o maravilhoso.
Quando encontramos essas pessoas, percebemos que conhecer sua alma, seu interior, é o mesmo que visitar um castelo com suas inúmeras salas maravilhosas. Cada sala, uma surpresa, uma maravilha.
São pessoas que voam para a região mais alta do pensamento e se elevam como uma águia, admirando os horizontes e o sol... Vivem na grandeza das montanhas rochosas onde os ventos são para os heróis...
São essas pessoas que procuramos.
Espero que todos gostem das matérias abordadas e que este blog atraia pessoas que partilham do mesmo ideal.
Monte Canino do blog "Almas Castelos"