Com esta postagem, encerro o assunto sobre Santa Clara. Eu devia isso às irmãs clarissas, como gratidão, pois muito rezaram por todos nós.
DEPOIS DA MORTE DE SANTA CLARA:
DEPOIS DA MORTE DE SANTA CLARA:
CURA DE POSSESSO:
Um menino de Perussa, chamado Jacobino, parecia não tanto doente, mas antes possesso de um espírito mau. Pois às vezes jogava-se desesperadamente no fogo, outras vezes debatia-se no chão ou mordia as pedras, até quebrar os dentes. Feria assim terrivelmente a sua cabeça e manchava o corpo com sangue. Ficava de boca torta e com a língua de fora. Dobrava os membros com tanta facilidade, colocando uma perna no pescoço. Duas vezes por dia o menino era atacado por essa loucura. Dois homens nem sequer eram capazes de impedir que ele se despisse.
Já fora pedida ajuda de médicos afamados, mas não se encontrou alguém que pudesse resolver o caso.
O pai dele, Guidoloto, não achando entre os homens solução para tanta desgraça, recorreu aos méritos de Santa Clara:
- Ó Clara, santíssima virgem, digna de veneração de todo mundo, ofereço-te o meu filho infeliz; peço-te com toda confiança: devolve-lhe a saúde.
Cheio de fé, dirigiu-se apressadamente ao túmulo dela, levando consigo o menino e colocando-o sobre a sepultura da virgem. E no mesmo momento que pediu o favor o obteve. Pois logo o menino ficou curado daquela doença e também mais tarde nunca mais foi molestado por aquela enfermidade.
A FÚRIA:
Um jovem francês que fazia parte da corte papal foi tomado de fúria, de tal forma, que não conseguia mais falar e seu corpo tremia terrivelmente, De maneira alguma havia quem pudesse dominá-lo. Pelo contrário, ele se soltava, de um modo pavoroso, das mãos dos que queriam segura-lo. Por isso seus compatriotas amarraram-no com cordas numa maca e levaram-no, contra sua vontade, para a igreja de Santa Clara. Lá foi colocado diante do túmulo dela e logo ficou totalmente curado por causa da fé daqueles que o haviam levado.
EPILÉTICO:
Valentino de Spello sofria tanto de epilepsia que caía seis vezes por dia onde quer que estivesse. Além disso, não podia andar normalmente, pois uma de suas pernas era mais curta do que a outra. Foi levado em lombo de burro ao túmulo de Santa Clara. Lá ficou deitado durante dois dias e três noites. No terceiro dia, sem que ninguém o tocasse, sua perna deu um forte estalo e imediatamente ficou curado de ambas as doenças.
OS LOBOS:
A ferocidade sinistra de lobos cruéis castigava a região, havia muito tempo. Atacavam até pessoas e muitas vezes devoravam carne humana.
Certa mulher, de nome Bona, de Monte Galliano, na diocese de Assis, tinha dois filhos. Apenas tinha terminado o tempo de luto por um deles, morto pelos lobos, quando , com a mesma ferocidade, se precipitavam sobre o segundo. Enquanto a mãe estava dentro de casa, ocupada com os afazeres do lar, um lobo meteu os dentes no menino que brincava fora, mordendo-o no pescoço levando sua presa no mais rápido possível para a floresta.
Ouvindo os gritos do menino, alguns homens que estavam nos vinhedos gritavam para a mãe:
- Olha se o teu filho está em casa, pois acabamos de ouvir gemidos estranhos.
Percebendo a mãe que o seu filho fora raptados por um lobo, dirigiu seus clamores ao céu. E enchendo o ar com lamentações, invocou a virgem Clara dizendo:
- Ó gloriosa Santa Clara, devolve meu filho, coitado. Devolve a uma infeliz mãe o seu filhinho. Se não o fizerdes irei me afogar.
Correndo os vinhateiros atrás do lobo, encontraram a criancinha abandonada pelo lobo na floresta. Junto do menino viram um cachorro lambendo as feridas dele. A fera selvagem tinha botado primeiro seus dentes no pescoço do menino; depois, para carrega-lo melhor, o havia tomado pelo meio. Em ambas as partes deixara sinais bem visíveis de suas dentadas ferozes.
A mulher, vendo suas preces atendidas, apressou-se com os vizinhos para a sua protetora, mostrando a quantos queriam ver as chagas do menino. E ela agradeceu copiosamente a Deus e a Santa Clara.
Um menino de Perussa, chamado Jacobino, parecia não tanto doente, mas antes possesso de um espírito mau. Pois às vezes jogava-se desesperadamente no fogo, outras vezes debatia-se no chão ou mordia as pedras, até quebrar os dentes. Feria assim terrivelmente a sua cabeça e manchava o corpo com sangue. Ficava de boca torta e com a língua de fora. Dobrava os membros com tanta facilidade, colocando uma perna no pescoço. Duas vezes por dia o menino era atacado por essa loucura. Dois homens nem sequer eram capazes de impedir que ele se despisse.
Já fora pedida ajuda de médicos afamados, mas não se encontrou alguém que pudesse resolver o caso.
O pai dele, Guidoloto, não achando entre os homens solução para tanta desgraça, recorreu aos méritos de Santa Clara:
- Ó Clara, santíssima virgem, digna de veneração de todo mundo, ofereço-te o meu filho infeliz; peço-te com toda confiança: devolve-lhe a saúde.
Cheio de fé, dirigiu-se apressadamente ao túmulo dela, levando consigo o menino e colocando-o sobre a sepultura da virgem. E no mesmo momento que pediu o favor o obteve. Pois logo o menino ficou curado daquela doença e também mais tarde nunca mais foi molestado por aquela enfermidade.
A FÚRIA:
Um jovem francês que fazia parte da corte papal foi tomado de fúria, de tal forma, que não conseguia mais falar e seu corpo tremia terrivelmente, De maneira alguma havia quem pudesse dominá-lo. Pelo contrário, ele se soltava, de um modo pavoroso, das mãos dos que queriam segura-lo. Por isso seus compatriotas amarraram-no com cordas numa maca e levaram-no, contra sua vontade, para a igreja de Santa Clara. Lá foi colocado diante do túmulo dela e logo ficou totalmente curado por causa da fé daqueles que o haviam levado.
EPILÉTICO:
Valentino de Spello sofria tanto de epilepsia que caía seis vezes por dia onde quer que estivesse. Além disso, não podia andar normalmente, pois uma de suas pernas era mais curta do que a outra. Foi levado em lombo de burro ao túmulo de Santa Clara. Lá ficou deitado durante dois dias e três noites. No terceiro dia, sem que ninguém o tocasse, sua perna deu um forte estalo e imediatamente ficou curado de ambas as doenças.
OS LOBOS:
A ferocidade sinistra de lobos cruéis castigava a região, havia muito tempo. Atacavam até pessoas e muitas vezes devoravam carne humana.
Certa mulher, de nome Bona, de Monte Galliano, na diocese de Assis, tinha dois filhos. Apenas tinha terminado o tempo de luto por um deles, morto pelos lobos, quando , com a mesma ferocidade, se precipitavam sobre o segundo. Enquanto a mãe estava dentro de casa, ocupada com os afazeres do lar, um lobo meteu os dentes no menino que brincava fora, mordendo-o no pescoço levando sua presa no mais rápido possível para a floresta.
Ouvindo os gritos do menino, alguns homens que estavam nos vinhedos gritavam para a mãe:
- Olha se o teu filho está em casa, pois acabamos de ouvir gemidos estranhos.
Percebendo a mãe que o seu filho fora raptados por um lobo, dirigiu seus clamores ao céu. E enchendo o ar com lamentações, invocou a virgem Clara dizendo:
- Ó gloriosa Santa Clara, devolve meu filho, coitado. Devolve a uma infeliz mãe o seu filhinho. Se não o fizerdes irei me afogar.
Correndo os vinhateiros atrás do lobo, encontraram a criancinha abandonada pelo lobo na floresta. Junto do menino viram um cachorro lambendo as feridas dele. A fera selvagem tinha botado primeiro seus dentes no pescoço do menino; depois, para carrega-lo melhor, o havia tomado pelo meio. Em ambas as partes deixara sinais bem visíveis de suas dentadas ferozes.
A mulher, vendo suas preces atendidas, apressou-se com os vizinhos para a sua protetora, mostrando a quantos queriam ver as chagas do menino. E ela agradeceu copiosamente a Deus e a Santa Clara.
Certo dia uma menina da cidade de Cannara estava sentada no campo. Uma outra mulher tinha inclinado a cabeça no seu colo.E eis que um lobo veio com passos furtivos em sua direção em busca de uma presa. A menina o viu sim, mas não se assustou, pois pensava que fosse um cachorro. E enquanto continuava penteando os cabelos da outra, a terrível fera se lançou sobre ela, mordendo-a com a boca larga no rosto. Em seguida levou a presa para a floresta. A outra mulher, tomada de medo, levantou-se depressa e, lembrando-se de Santa Clara, gritou:
- Socorro, Santa Clara, socorro. Recomendo-te esta menina.
O lobo colocou-a imediatamente e com todo o cuidado no chão. E como um ladrão, pego em fragrante, sumiu depressa.
(Esses milagres foram testemunhados e levados a exames, cujo resultados foram fixados no Processo de Canonização. O Papa Inocêncio IV havia encarregado, aos 18 de outubro de 1253, ao Bispo Bartolomeu de Espoleto de examinar a vida e os milagres de Clara.)
- Socorro, Santa Clara, socorro. Recomendo-te esta menina.
O lobo colocou-a imediatamente e com todo o cuidado no chão. E como um ladrão, pego em fragrante, sumiu depressa.
(Esses milagres foram testemunhados e levados a exames, cujo resultados foram fixados no Processo de Canonização. O Papa Inocêncio IV havia encarregado, aos 18 de outubro de 1253, ao Bispo Bartolomeu de Espoleto de examinar a vida e os milagres de Clara.)
“Os Escritos de Santa Clara” (editora Vozes – CEFEPAL – Petrópolis – 1984, traduzido por Frei Geraldo Van Buul OFM e Frei Serafim Lunter OFM)
Belíssimos acontecimentos miraculosos! Impressionante!
ResponderExcluirP.S.: Bonitas fotos dos lobos! :D
São animais belíssimos!
ALEX
Jorge, a 1ª foto é do Convento das Clarissas de Assis?
ResponderExcluirVocê já foi lá?
Agradeço os comentários. Alex, eu não estive em Assis. A primeira foto é da Igreja de Santa Clara.
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