Aquele homem era proprietário de uma rede internacional de hotéis. Vivia cercado de secretárias e telefones. Era depositário de somas fabulosas em muitos bancos e membro de numerosos grupos econômicos. Tinha muito dinheiro, mas não tinha paz. Sentia-se exausto, estressado, emaranhado em mil preocupações. Precisava viajar para se distrair.
Entregou os numerosos encargos a um sócio de confiança e saiu pelo mundo à procura da paz. Empreendeu numerosas viagens pelos cinco continentes, visitou os maiores centros turísticos, mas continuava insatisfeito e frustrado.
Uma noite, ouvindo o badalar dos sinos de uma igreja, resolveu ir para lá, mais movido pela curiosidade do que pela fé. Entrou de vagar, como que apalpando o ambiente. Um silêncio religioso pairava no recinto. A igreja estava repleta de fiéis que pareciam aguardar o início de alguma cerimônia.
Sentiu-se atraído por um grupo de pessoas ajoelhadas diante de um presépio. Pastores contemplavam o Menino Jesus reclinado na manjedoura. Junto dele, José e Maria em atitude de profunda oração.
Quanta paz se desprendia daquele cenário. Tanta paz, que invadiu o coração do homem. Foi ali, aos pés de uma humilde e pobre manjedoura, que ele encontrou o que não havia conseguido em sua louca procura no meio das vaidades e distrações mundanas.
Fonte: Boletim do Padre Pelágio
Desenho acima é de Gustave Dore.
Amigo, tudo bem? Que lindo texto! Só no silêncio da manjedoura a paz nasce e Ele é a paz. Grande abraço! Saudades!
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