Na Bula de Canonização de Santa Clara, número 15, consta o seguinte episódio: O PÃO.
Havia no mosteiro apenas um pão, quando a fome já se fazia sentir e chegara a hora de comer . A Santa chama a despenseira e ordena-lhe que divida o pão em duas partes iguais, envie uma parte aos irmãos e reserve a outra para as irmãs. Em seguida, manda que da metade reservada faça cinqüenta fatias, conforme o número das irmãs, e as ponha na mesa da pobreza. E como a devota filha lhe respondesse que seriam então necessários os antigos milagres de Cristo para que tão escasso pão pudesse dar cinqüenta fatias, a mãe replicou-lhe:
- Filha, faze com toda confiança o que eu te digo.
A filha apressa-se a cumprir a ordem da mãe; e esta dirige pressurosa a Cristo piedosos suspiros em favor das filhas. Por divino favor cresceu aquela matéria entre as mãos da que cortava, de maneira que deu o suficiente para cada uma das irmãs da comunidade.
A PEDRA:
Um menino de três anos, chamado Mattiolo, da cidade de Espoleto, tinha introduzido uma pedrinha no nariz. Ninguém conseguia extraí-la do nariz, nem tampouco o menino conseguia expeli-la. Encontrando-se em grande perigo e angústia, é levado à Senhora Claram e enquanto é por ela assinalado com o sinal da cruz, no mesmo momento é lançada fora a pedrinha, ficando salvo o menino.
TERROR DOS SARRACENOS:
Por volta de 1239, a cidade de Assis foi sitiada pelos sarracenos e o convento das clarissas ficava nas portas da cidade. Os guerreiros já galgavam o muro, quando Santa Clara, que estava enferma, foi avisada. Levantou-se logo, dirigiu-se ao altar do SS.Sacramento, tomou nas mãos a custodia com a Sagrada Hóstia e, assim munida de Deus Nosso Senhor, dirigiu-lhe o seguinte apelo em voz alta:
- Quereis, Senhor, entregar aos infiéis estas vossas servas indefesas, que nutri com vosso amor? Vinde em socorro de vossas servas, pois não as posso proteger.
Após essas palavras, ouviu-se distintamente uma voz dizer:
- Serei vossa proteção hoje e sempre.
Enfrentando o invasor com o Santíssimo Sacramento em mãos, o efeito das palavras divinas se fez logo sentir: um pânico inexplicável se apoderou dos sarracenos: grande parte deles fugiram as pressas: alguns, que já haviam galgado o cimo do muro, caíram para trás. A intervenção de Santa Clara salvara o convento e a cidade do assalto inimigo.
“Os Escritos de Santa Clara” (editora Vozes – CEFEPAL – Petrópolis – 1984, traduzido por Frei Geraldo Van Buul OFM e Frei Serafim Lunter OFM)
Santa Clara clareai, quando fui para morar no Rio é que vi várias pessoas colocarem clara de ovo na janela e pedir dia de sol. Bem, conheço pouco a vida de Clara, mas tenho-lhe grande admiração. Fiquei super feliz de conhecer esses milagres desconhecidos por mim. Mais uma vez, obrigada! Dia De Santa Clara fiz meu blog Alfa & Ômega.
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