Maomé II, ao interrogar, certa vez, um prisioneiro
cristão, propôs convencê-lo a abandonar o cristianismo e a adotar a crença do
Islã. O soldado recusou a proposta.
O imperador ameaçou-o de morte.
O cristão, abrindo a blusa, mostrou as cicatrizes
que tinha no peito e disse:
- Por um rei fui várias vezes ferido em combate.
Maior glória será para mim se me for dado morrer pelo Rei dos Reis, Jesus,
Nosso Senhor.
Sofrer por Deus é ter nas mãos o ouro mais puro e
mais precioso para comprar o céu. Uma só parcela desse ouro divino basta para
possuirmos a glória do paraíso. “Um instante de leve tribulação”, diz São
Paulo, “opera em nós um peso imenso de glória.”
Recordemos as palavras de Elisabete Deseur: “Quero,
Senhor, ser como sou, sempre vossa, no sofrimento e na dor, na aridez e na
alegria, na doença e na saúde; na vida e na morte. Só quero uma coisa: que a
vossa vontade se cumpra em mim e por mim; não procuro, e cada vez quero
procurar menos, outro fim que não seja este: promover a vossa maior glória pela
realização dos vossos desígnios em mim. Ofereço-vos dispordes de mim, em
serviço vosso, como do instrumento mais julgar e inerte, em favor das almas que
amais”.