Bernardo de Menthon, é um santo muito original. Prestou grande serviço aos peregrinos que iam a Roma, e precisavam transpor as montanhas dos Alpes cobertos de gelo e cheios de perigos. Amestrou cães para descobrir pessoas que se perdiam no meio da neve. São chamados “cães de São Bernardo”.
Construiu também uma hospedaria naquelas alturas inóspitas, para abrigar e socorrer, gratuitamente, os peregrinos necessitados de alimento e ajuda. Essa hospedaria existe até hoje.
Foi assim que São Bernardo de Menthon salvou a muitos peregrinos, arriscados a morrer no gelo ou extraviados no meio das montanhas. Como estamos vendo, Deus suscita santos conforme as necessidades de cada época.
Ainda menino, foi abandonado pela mãe. Passou a juventude como eremita numa região deserta e abandonada. Intimado a aceitar o bispado de Paris, nem por isso deixou de viver uma vida modesta e dedicada aos pobres. Repartia seus bens entre eles e atraía muitos para ouvir suas pregações.
Um dia mandou chamar um escrevente para gravar uma data na cabeceira de sua cama. Ninguém sabia o que significava isto, até o dia em que o santo bispo fechou os olhos para sempre. Era o dia de sua morte.
Talvez a parte menos comentada de sua vida, era o fato de que São Bernardo era contra a ignorância religiosa, os maus costumes do clero, o abandono dos fiéis e o comércio das coisas espirituais.
Inscrito no Martirológio Romano em 1681, São Bernardo de Menton (ou São Bernardo de Aosta – como também era conhecido) foi proclamado pelo papa Pio XI, em 1923, padroeiro dos povos dos Alpes, dos alpinistas e dos esquiadores.
Fonte: Paulinas e Boletim do Padre Pelagio