Depois que os portugueses chegaram no Brasil e
começaram a se comunicar com os índios, estes falavam de um homem santo que
vinha caminhando sobre as águas do mar e adiante dele vinha uma grande Cruz.
Esse homem havia ensinado a seus ancestrais muitas coisas. Chamavam-no de Sumé.
Alguns relatos históricos e numerosos indícios
materiais, quase desconhecidos do grande público, atestam a passagem do
Apóstolo São Tomé, no início de nossa era, entre os índios brasileiros.
Em nosso País, a legenda e vestígios de São Tomé
encontram-se espalhados por muitos lugares. É tradição antiga entre os
índios que aquele Apóstolo - a quem chamavam Sumé - veio ao Brasil e lhes
forneceu a planta da mandioca e da banana, ajudando-os a cultivar a terra.
Pregou o bem àqueles indígenas, ensinando-os a adorar e servir a Deus e não ao
demônio; a não terem mais de uma mulher e não comerem carne humana.
Desde o Rio Grande do Sul, passando por São Paulo,
Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba, Ceará e Maranhão, encontram-se pegadas
atribuídas a São Tomé. Pela tradição dos índios, elas vêm de remotas eras,
anteriores ao Descobrimento.
Na Bahia, em São Tomé do Peripé, há uma fonte perene
de água doce, que brota de um penedo junto a certas pegadas, e é tradição que
ali desceu São Tomé. Perto de Cabo Frio (RJ) existe outro penedo, que parece
ter levado várias bordoadas. É tradição dos índios terem
sido impressas pelo bordão de São Tomé, numa ocasião em que eles haviam
resistido a doutrina pregada pelo Apóstolo.
Agora, neste momento histórico, rezemos todos a São
Tomé para que olhe para o Brasil e nos ajude especialmente na prática das
virtudes e nos proteja do “lobo” em pele de ovelha que ronda buscando a
perdição de nossa pátria.