Um caçador canadense descobriu,
casualmente, um ninho de águias, construído numa alta rocha nas vizinhanças da
choupana a que se abrigava.
Tirando do ninho um filhote ainda
implume, levou-o para casa e deixou-o com viver com os filhotes da galinha,
esqueceu, por algum tempo, o fero instinto de ave de rapina.
Um dia, quando repousava tranquila
á luz do sol, outra águia passou em garboso vôo sobre o terreiro. Estranha agitação
dominou a nossa aguiazinha aquintalada; desdobrou as asas, saltitou nas pontas
dos pés, e, vibrando agudo grito, voou no encalço da irmã, e em breve não era
mais que um ponto negro na curva longínqua do horizonte.
Descobrira a prisioneira que não fora
criada para viver nas estreitezas de um terreiro, senão para guindar-se ás
amplidões do céu, para pousar nas rochas ínvias e agasalhar-se nas lapas dos
píncaros abruptos, vivendo, enfim, a vida liberta e plena de uma águia, para lá
das nuvens, para além das tempestades.
Felicidade suprema quando a
criatura ouve o rumor das vozes divinas e sua alma é levada pelas grandiosas
realizações da vida: quando sente as chamas do Amor de Deus e os Seus santos
apelos e deseja atingir as amplidões da Infinita Verdade!
Peço-Vos, piedosíssimo Deus meu,
que me preserveis dos cuidados desta vida, para que neles não me embarace
demasiadamente; das muitas necessidades corporais, para que não me torne
escravo do pecado; de todos os óbices, que estorvam a alma, para que não
sucumba ao peso de tantas angústias.
Autor: D – Lendas do Céu e da Terra
Divino! Como eu gosto destas histórias e reflexões! Pena que não são frequentes!
ResponderExcluirGosto muito destas publicações. São muito edificantes. So lamento serem tão raras as postagens. Tenho certeza que o senhor tem muitas histórias para nos contar. Abraço amigo.
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