sexta-feira, 17 de setembro de 2021

O Régulo de Benoné

Um régulo de Benoné, na África, perdeu seus dois filhos numa batalha. Querendo aliviar, pelo atordoamento, a angústia que lhe oprimia o coração, mandou que dois escravos o seguissem por toda parte, noite e dia, ora rufando tambores, ora chocalhando pedras em latas, ora gritando como dementes num alarido ensurdecedor.

Mais avisado andaria o homem se pensasse, com serenidade, na razão de ser da vida e na finalidade de sua existência. Para que viemos nós no mundo? Até quando permaneceremos nele?... Mas o ruído cavo dos tambores, a vibração dos chocalhos, o alarido das festas mundanas envolvem-nos a cada momento, numa sarabanda estonteadora. Procedemos como régulo de Benoné.

O tumulto da vida nos atordoa. Não pensamos em Deus. Nem mesmos disso nos encarregamos. Nem um minuto de sossego para meditar sobre o que deve ser essencial á salvação eterna.

Esqueçamos por um momento o grande alarido da vida e meditemos sobre o problema da nossa salvação.

Como alcançar a salvação, sem a graça de Deus?

Graça santificante é o auxílio divino que nos é concedido, de modo permanente, ficando em nós, inerente à nossa alma. A Graça atual é transitória, e nos é dada para ser aproveitada no mesmo momento que nos é concedida ou se perderá.

O homem nada pode fazer para a sua salvação eterna sem a graça atual. Na célebre comparação da videira e dos ramos declara Jesus: “Assim como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, que não permanecerdes em mim... sem mim nada podeis fazer”. E São Paulo afirma que sem a graça divina não podemos sequer pronunciar o nome de Jesus.

Eis por que Deus dá a todos os homens as graças necessárias à salvação. Aos pecadores, a graça da conversão; aos justos, a da perseverança. Sem isto, nem os pecadores se poderiam converter, nem os justos ficariam livres do pecado.

Fonte: Lendas do Céu e da Terra - M. T. 

2 comentários:

  1. Obrigado. Gosto muito de suas publicações e fico sempre esperando uma chegar.

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  2. História muito verdadeira! Eliselma, SP, capital.

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