quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

São Tomé no Brasil

Depois que os portugueses chegaram no Brasil e começaram a se comunicar com os índios, estes falavam de um homem santo que vinha caminhando sobre as águas do mar e adiante dele vinha uma grande Cruz. Esse homem havia ensinado a seus ancestrais muitas coisas. Chamavam-no de Sumé.

Alguns relatos históricos e numerosos indícios materiais, quase desconhecidos do grande público, atestam a passagem do Apóstolo São Tomé, no início de nossa era, entre os índios brasileiros.

Em nosso País, a legenda e vestígios de São Tomé encontram-se espalhados por muitos lugares. É tradição antiga entre os índios que aquele Apóstolo - a quem chamavam Sumé - veio ao Brasil e lhes forneceu a planta da mandioca e da banana, ajudando-os a cultivar a terra. Pregou o bem àqueles indígenas, ensinando-os a adorar e servir a Deus e não ao demônio; a não terem mais de uma mulher e não comerem carne humana.

Desde o Rio Grande do Sul, passando por São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba, Ceará e Maranhão, encontram-se pegadas atribuídas a São Tomé. Pela tradição dos índios, elas vêm de remotas eras, anteriores ao Descobrimento.

Na Bahia, em São Tomé do Peripé, há uma fonte perene de água doce, que brota de um penedo junto a certas pegadas, e é tradição que ali desceu São Tomé. Perto de Cabo Frio (RJ) existe outro penedo, que parece ter levado várias bordoadas. É tradição dos índios terem sido impressas pelo bordão de São Tomé, numa ocasião em que eles haviam resistido a doutrina pregada pelo Apóstolo.

Agora, neste momento histórico, rezemos todos a São Tomé para que olhe para o Brasil e nos ajude especialmente na prática das virtudes e nos proteja do “lobo” em pele de ovelha que ronda buscando a perdição de nossa pátria.

Fonte: Revista Catolicismo número 631 – Julho de 2003.