quinta-feira, 23 de junho de 2016

O prisioneiro cristão

Maomé II, ao interrogar, certa vez, um prisioneiro cristão, propôs convencê-lo a abandonar o cristianismo e a adotar a crença do Islã. O soldado recusou a proposta.

O imperador ameaçou-o de morte.

O cristão, abrindo a blusa, mostrou as cicatrizes que tinha no peito e disse:

- Por um rei fui várias vezes ferido em combate. Maior glória será para mim se me for dado morrer pelo Rei dos Reis, Jesus, Nosso Senhor.

Sofrer por Deus é ter nas mãos o ouro mais puro e mais precioso para comprar o céu. Uma só parcela desse ouro divino basta para possuirmos a glória do paraíso. “Um instante de leve tribulação”, diz São Paulo, “opera em nós um peso imenso de glória.”

Recordemos as palavras de Elisabete Deseur: “Quero, Senhor, ser como sou, sempre vossa, no sofrimento e na dor, na aridez e na alegria, na doença e na saúde; na vida e na morte. Só quero uma coisa: que a vossa vontade se cumpra em mim e por mim; não procuro, e cada vez quero procurar menos, outro fim que não seja este: promover a vossa maior glória pela realização dos vossos desígnios em mim. Ofereço-vos dispordes de mim, em serviço vosso, como do instrumento mais julgar e inerte, em favor das almas que amais”.

Autor (D.) – Lendas do Céu e da Terra