quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A capacidade de crer

Contam alguns escritores que Abraão Lincoln, libertando os cativos dos Estados Unidos, mandou afixar pelas estradas e especialmente nos cruzamentos dos caminhos enormes cartazes que proclamavam a grande nova. A notícia da liberdade e de suas magníficas bênçãos devia, assim, espalhar-se por todos os recantos do país, atingir todos os lares e alegrar todos os corações.

Alguns escravos, no entanto, ouviram ler a proclamação e não creram nela. Afeitos a prolongados cativeiro, acharam as prerrogativas, que então se lhes ofereciam, grandiosas demais, inacreditáveis.

E porque não creram, continuaram na escravidão!

Para triunfarem dos males que tentam escraviza-las na terra, o que falta a muitas almas é a capacidade de crer na palavra de Cristo e nas glórias da imortalidade.

Sim, porque a palavra de Jesus tem todas as qualidades características da verdade, que são a universalidade, a eternidade e a imutabilidade. O Evangelho ficará sendo o livro para todos os homens e para todos os tempos, assim como o Sermão da Montanha será, sempre, o código que há de orientar todas as consciências. “Os céus e a Terra passarão”, disse Jesus, “e as minhas doutrinas permanecerão.”

Tu ressurges, Senhor, todos os dias, com a mesma periodicidade com que se renovam os Teus benefícios e as magnificências da Tua obra. Nega-Te o nosso saber. Mas de cada negação Te reergues, deixando vazio os argumentos que Te negaram, como o túmulo onde dormiste outrora um momento para reviveres dentre os finados.

Autor: (D.) – Lendas do Céu e da Terra.