segunda-feira, 30 de maio de 2011

Perdoados


Em uma velha cidade da Escócia vivia um médico muito estimado pela bondade com que atendia as pessoas mais desprotegidas da sorte.
Quando esse médico morreu foram encontradas, entre seus papéis, muitas contas que se referiam a serviços por ele prestados. Essas contas continham à margem a seguinte declaração feita por ele próprio:

"Perdoada. Esse cliente é muito pobre para pagar".

A viúva desse médico, que não tinha o espírito inclinado à piedade, tentou receber judicialmente todas as contas deixadas por seu marido.
O juiz ao receber a ordem de cobrança interrogou-a, apresentando-lhe um dos títulos:

- A declaração que vejo na margem desta conta foi escrita por seu esposo?

- Decerto que sim - respondeu.

- Escuta mulher - falou-lhe o juiz, - se isso é verdade, não há tribunal no mundo que possa exigir o pagamento dessas contas já perdoadas pela única pessoa que podia fazê-lo!

Assim também quando Jesus Cristo, Nosso Senhor, nos diz: "Teus pecados estão perdoados", ficamos para sempre livres de nossas dívidas para com Deus!

[...]

Contam, que Carlyle, o célebre historiador escocês, quando ainda era muito moço, teve uma questão muito grave com um de seus companheiros. E um dia, sentindo-se insultado, declarou que ia imediatamente exigir satisfações daquele que o havia ofendido.

Um velho professor, informado do caso, aproximou-se de Carlyle e disse-lhe:

- Meu caro amigo. Tenho longa experiência da vida e conheço as conseqüências tristes dos atos impetuosos. Um insulto é como a lama que cai na nossa blusa. A lama pode ser retirada facilmente, com uma simples escova, quando já está seca. Deixe, pois, secar primeiro. Não esteja com pressa; espere até que o seu espírito se acalme e verá como tudo será facilmente resolvido.

Carlyle aceitou o conselho do professor e com tão feliz resultado que, no dia seguinte, o colega que o insultara lhe veio pedir desculpas.

Dada a grande diversidade de temperamentos e caracteres não nos é possível viver em paz com o próximo sem refrear a ira e insistir na prática da mansidão. "Carregai os fardos uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo". A caridade para com o próximo supõe o exercício da mansidão.

Em maior grau precisam desta virtude aqueles que têm o ofício de educar ou dirigir outros. São palavras de Jesus, Nosso Senhor:

Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra.
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus.
Bem-aventurados os que padecem perseguições por parte da justiça; porque deles é o reino dos céus.

("Lendas do Céu e da Terra")

Nota do Blog: Nosso Senhor Jesus Cristo, deu aos apóstolos o poder do perdão dos pecados, e isso é um Sacramento: a confissão. Pelo Sacramento da Confissão (também conhecido como Sacramento da Penitência), Deus perdoa nossos pecados:

Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu. (São Mateus: 18,18)

domingo, 29 de maio de 2011

Dom Pedro II e o catecismo


Estando Dom Pedro II no seu leito de morte, perguntou ao seu médico se tinha filhos.

- Pois não, Majestade, respondeu o clínico, tenho seis.

- Pois bem, doutor, quero dar-lhe um conselho, que é o de um moribundo com experiência de longos anos. Faça educar seus filhos religiosamente. Eu, para minha infelicidade, passei a adolescência sem o influxo benéfico da Religião e tenho esta falta por muito grande e lamentável em toda a minha vida. Tenho procurado suprir de qualquer maneira esta falta, mas se a luz da Religião, se o santo Temor de Deus não inculca desde cedo no tenro coração e na flexível mente da criança, nunca haverá aquela vivacidade, firmeza, sinceridade, solicitude e energia indispensáveis para que a fé exerça nas almas uma influência tão benéfica que as enalteça e nobilite.

(A CATEQUESE ILUSTRADA PELA BIBLIA E EXEMPLOS — Pe. Miguel Meier S.J. — Edições A Nação, Porto Alegre, 1ª. edição, 1953, p. 139).

N.B.: É confortável ver a expressão de nosso querido monarca, Dom Pedro II! Percebe-se, no entanto, como a Maçonaria o educou, quer seja, como um ateu; todavia, por certo, Deus deu-lhe a graça de sentir esta falta e voltou-se para Deus mais tarde.

(fonte: Associação Apostolado Sagrado Coração de Jesus)